Em uma quarta-feira meu professor passou uma atividade, nós deveríamos pegar um pouco de terra, coloca-la em uma caixa de fósforo e contar qual era o significada daquela terra para cada um. Cada pessoa pegou a sua terra e colocou em cima da mesa, foram muitas histórias compartilhadas e muitas emoções expostas. A atividade que aparentemente era simples, se tornou muito complicada, tive dificuldades de encontrar a minha terra. Mergulhei em um mar de lembranças, todas foram muito importantes para formar quem sou hoje.
Quando o professor falou sobre pegar uma terra, eu pensei em pegar a terra da minha cidade, de onde eu vim, representando a minha origem. Mas mudei de ideia, a minha origem é importante (óbvio), entretanto pensei que seria melhor falar de algo mais recente. Um marco recente e muito importante, a minha mudança de cidade, no qual passei a morar "sozinha", sem meus pais, me tornei independente, dona das minhas escolhas, administradora do meu tempo.
Ouvi histórias muito interessantes, lembranças boas e ruins, momentos que não voltam. Por mais incrível que pareça consegui sentir cada emoção expressa nas palavras de meus colegas, a dor de perder a avó, a ansiedade em conseguir se encaixar, saudades de pessoas queridas, horror com a crueldade humana, amor ao próximo, gratidão. Também pude conhecer mais meus colegas, quebrando o paradigma que na universidade as pessoas são concorrentes e não devem ser amigos, nem todos são falsos e todos somos humanos, devemos nos ajudar, buscar compreender o outro tendo o respeito como fundamento.
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